09/12/2011

A discussão sobre a certificação digital para validação de documentos arquivados digitalmente

Estou acompanhando uma discussão sobre a validação de documentos arquivados digitalmente com o uso da certificação digital em grupo que participo na plataforma LinkedIn.

A conclusão a qual estou pendente é que tudo irá depender das Regras do Negócio. Pegamos como exemplo o meu negócio, que é o Ensino Superior.

Trabalho diretamente com o mercado do ensino superior, onde a internacionalização das nossas instituições tornou comum o fato de termos os arquivos digitalizados e certificados por seus responsáveis para propiciar um intercambio entre alunos e professores de um mesmo grupo educacional, mas que estão em instituições, países e às vezes continentes diferentes.

Isto é uma prática feita dentro do País desde 2003 (já se vão quase 10 anos), para instituições (na maioria das vezes universidades) que apresentam modelo multi campi, para trâmite e gestão documental. Como para os documentos acadêmicos, principalmente o que diz respeito ao corpo discente, possui caráter perpétuo as instituições fazem a digitalização dos mesmos, transportando-os para o meio eletrônico, sendo que os mesmos são chancelados pelo certificado digital do responsável pelo departamento, neste caso específico a secretaria de controle e registro acadêmico.

No âmbito acadêmico estas são as REGRAS DO NEGÓCIO, e temos a permissão para isso (permissão expressa do Ministério da Educação). Inclusive em muitos casos não utilizamos certificados digitais emitidos pela ICP Brasil.

As instituições possuem suas cadeias criadas internamente, conforme MP 2.200-2/01 que em seu art. 10º, §2º prevê a possibilidade. Isto é algo impensável e inviável em outros segmentos.

Como disse anteriormente, com a internacionalização, grupos que comandam instituições em todo o globo, utilizam normalmente desta prática para validar e tramitar documentos entre as mesmas nos casos de intercâmbio envolvendo corpo discente ou docente. Mais uma vez temos aqui as REGRAS DO NEGÓCIO envolvidas. Percebam que estamos tratando de documentação interna e que não irá extrapolar os “muros” da instituição.

A autonomia que as instituições possuem para trabalhar os seus arquivos é algo para se comemorar, pois temos nas legislações vigentes um aliado poderoso para promover uma melhor gestão documental dentro das nossas organizações. Por outro lado, dentro do próprio setor educacional, temos para outros assuntos um verdadeiro atraso/regresso das normas vigentes o que nos gera grandes dores de cabeça.

Desta forma, o indicado é se valer da expressão “cada caso é um caso” sabendo que cada um será específico e deverá ser estudado de forma minuciosa para não gerar problemas futuros. São as REGRAS DO NEGÓCIO!

Abraços, Tiago Muriel

08/09/2011

O Diploma Eletrônico terá validade?

Todos devem se lembram que tivemos o anuncio aqui na Rede Mebox da primeira Universidade do Brasil que estava emitindo os diplomas em formato digital?

Tivemos no Clipping Educacional de hoje uma notícia do jornal O Estado de São Paulo, publicada ontem, dizendo que os egressos dessa Universidade estão com dificuldades para registrarem os diplomas eletrônicos junto aos órgãos de representação de classe e Ministério do Trabalho.

Percebi ao ler a reportagem dois problemas básicos: o primeiro problema é que a notícia é bastante rasa e não se aprofunda em detalhes sobre a validade da documentação eletrônica e da certificação digital; e o segundo é que o processo apresentado pela Universidade também não demonstrou, pelo que pude perceber, o respeito a um dos critérios básicos da certificação digital (tipo de assinatura eletrônica) e processos eletrônicos que é a interoperabilidade.

A UNIVAP é possivelmente a única Instituição de Ensino no País a emitir o referido documento nesse formato, porém, pelo que percebi na reportagem (repito mais uma vez) o processo não parece estar bem definido e divulgado junto aos alunos. Pelo que conheço da Universidade e pelo que foi colocado na Rede Mebox, a Instituição utiliza a cobrança da taxa de R$ 400,00 publicada na reportagem não pela segunda via do documento, mas sim por um “diploma decorativo” (expressão utilizada pelo próprio Ministério da Educação).

Outro ponto bastante estranho é o Ministério do Trabalho desconhecer da legislação que trata do documento eletrônico e da certificação digital, pois é no Governo, dentro dos Ministérios que temos as maiores aplicações dessa tecnologia.

Não há dúvida que trata-se de uma quebra de paradigma muito grande e que isso resultara em alguns problemas que deverão ser enfrentados, mas não há impedimento em se ter o diploma expedido em meio eletrônico, principalmente se projeto atender a todos os requisitos (pilares) que sustentam o meio eletrônico e a certificação digital. Além disso, um pouco de bom senso não fará mal a ninguém.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

30/08/2011

NOOSFERA, CIBRIDISMO, CONECTIVISMO COMO ELES AFETARÃO NOSSAS VIDAS - UMA VISÃO GERAL

As expressões acima destacadas serão cada vez mais comuns em nosso dia a dia dentro das Instituições de Ensino Superior. Realmente, são expressões novas e que ao longo de sua existência seu cerne foi desviado, mas acima de tudo, são expressões de suma importância, pois trabalham novos estudos e novas linhas de raciocínio que modificarão e já modificam a relação de aluno, escola, professores, metodologias, etc.

A NOOSFERA é identificada como sendo a “esfera ou camada do pensamento humano”, sendo defendida como a terceira fase do desenvolvimento humano sendo antecedida pela GEOSFERA e BIOSFERA. O conceito da NOOSFERA é atribuído ao jesuíta Pierre Teilhard de Chardin (1881 a 1995), filósofo e paleontólogo francês, que defendeu a existência no mundo de uma camada criada pelas ideias fomentados por produtos culturais, línguas, teorias e conhecimentos. Seguindo esta linha todos contribuímos com essa NOOSFERA quando nos comunicamos, trocamos e publicamos nossas discussões.

Vivemos em tempos exponenciais quando pensamos na discussão e publicação que atingem níveis jamais vistos, tendo como grande propulsor a internet, o correio eletrônico, os sítios eletrônicos, blogs e mídias sociais comungando com poderosas ferramentas de buscas, como o Google, onde temos visivelmente informações tão acessíveis que podemos deixá-las quase palpáveis, formando assim uma grande crosta, que Chardin defenderia como sendo a terceira fase do desenvolvimento do planeta.

O CIBRIDISMO trouxe uma linha de discussão muito interessante para a academia ao trazer a intrigante pergunta: onde termina meu corpo e começa minha máquina? Hoje, já temos estudos que nos mostram que essa distinção é cada vez menor, quem sabe a mesma nem exista mais (esse é meu humilde ponto de vista).

Estudos publicados neste ano de 2011 pela Universidade do Sul da Califórnia, liderados pelo Dr. Theodore Berger, onde foram mapeados cérebros de ratos, ligando aos mesmos eletrodos com chip de memória verificando-se que os mesmos passaram a identificar e armazenar em mídias externas memórias de atividades praticadas.

Não muito longe, muitos estudos nos mostram que nossas máquinas, principalmente após a revolução trazida com os “mobiles”, já exercem funções antes somente realizadas pelo nosso cérebro, como é o caso dos números de telefones. Segundo alguns pesquisadores o nosso cérebro já entende que os celulares (com suas agendas eletrônicas) são extensão de memória e local ideal para guarda desse tipo de informação.

Como o volume de informações aos quais estamos obrigados a lidar em nosso cotidiano, a mesma lógica está ligada que determinado tipo de informação transfere para nossos computadores pessoais a obrigatoriedade de guarda.

Dessa forma, entendo que a discussão inicial do CIBRIDISMO corpo e máquina é nula tendo em vista que mesmo não fazendo parte do meu corpo físico a máquina está assumida pelo meu corpo mental. Outra discussão interessante de sermos ou estarmos on e off estamos cada vez mais on. Com a globalização, recebemos demandas de todos os cantos do mundo, estando sempre aptos a nos relacionar, através de nosso correio eletrônico, redes sociais, sms, entre outros, que mesmo estando nosso corpo físico às vezes dormindo, nosso corpo mental já incorporou essas outras ferramentas como sendo extensão do mesmo, o que nos deixa sempre on.

Dentro dessa nova realidade, podemos iniciar a discussão do CONECTIVISMO, pois estamos conectados sempre, e com isso, aprendemos a todo tempo, em todos os lugares, de diversas formas e de diversas fontes. Assim, o CONECTIVISMO se coloca como uma nova corrente que defende que o modelo de ensino aplicado hoje deverá ser revisto para que envolva mais de um momento ou modelo que é conhecido por todos na qual damos o nome de “sala de aula”.

Dentro dessa nova filosofia, muitas instituições levaram suas aulas ou compromisso para fora da sala de aula, muitas vezes extrapolando os muros do campus. Mais do que nunca, misturar experiência e ensino tem dado certo para que a mais nova geração sinta-se atendida por completa pelas antigas IES.

Aulas ministradas em parques, navios, viagens, muitas vezes misturando lazer, turismo e ensino tem se transformado em casos de sucesso. O horário também vem sendo extrapolado através da utilização das redes sociais onde os assuntos são iniciados em sala de aula tendo sua discussão estendida por tempo indeterminado, transformando-se inclusive em material para consulta e estudos posteriores. Trabalhar as redes sociais na educação tem sido uma forma de perpetuar, registrar o que está sendo discutido em sala de aula.

Importante perceber que a cada dia o nosso mercado e sociedade estão se “virtualizando”, transformando o meio eletrônico em um caminho sem volta também para o setor educacional que cada vez mais terá que lutar pelo seu espaço. Não podemos deixar que nossas IES se transformem em motivo de desamino ou representem pouca atração para os alunos, pois esse seria o nosso fim.

São cada vez maiores as facilidades encontradas pelos jovens para localizar assuntos interessantes na INFOERA. Nunca tivemos tantos autodidatas, pois o meio eletrônico nos ensina como se faz desde um simples nó de gravata até algo mais complexo como plantas de usinas nucleares. A pesquisa se torna instigante e a busca pelo conhecimento é uma necessidade nesses casos, a busca por algo que até então se imaginava impossível.

Nessa realidade as IES devem repensar suas metodologias e admitir que sues professores não podem mais se limitarem ao ensino dado em sala de aula. É preciso estimular e orientar, pensando sempre que a sala de aula poderá ser o início, mas nunca o fim do processo. É preciso estimular a pesquisa e mostrar que somos parceiros e não concorrentes. Estamos juntos construindo um pensamento. Precisamos que as Instituições deixem seus alunos pensarem, pois o método da repetição e do “sempre foi assim” não irá satisfazer as expectativas das novas gerações.

Pensem sobre o assunto e não deixem que as suas Instituições continuem a reboque.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

25/07/2011

As IES se preocupam apenas com o seu arquivo... um momento para reflexão.

A documentação dos alunos é algo sempre muito complicado para as Instituições de Ensino. Realmente e perpetuidade é algo que incomoda e acumula. Mas para isso existe uma legislação que é clara e realmente nos norteia. Nosso objetivo deve ir além desse “pequeno” problema, pois entendo que a preparação deverá ser não somente para ter os nossos arquivos em meio digital. Acredito que o desafio será transferir nossos serviços para o meio eletrônico diante de uma realidade que a cada dia se aproxima mais.

Em Indiana, nos EUA, foi anunciado que os alunos não terão mais aula de escrita manual como disciplina obrigatória. O entendimento é que a digitação (antiga datilografia) e contato com as mídias eletrônicas estão sendo mais exigidas devendo assim, na visão do referido estado, ser privilegiada. Não defendo a atitude do estado norte americano, que isso fique claro, mas a pessoa que não entende ou não consiga ser relativamente veloz na frente de um teclado ou qualquer mídia eletrônica está sendo excluída cada vez mais do mercado de trabalho e sociedade que a cada dia se apresenta mais “virtualizada”. Essa atitude deverá ser aplicada em outros estados dos Estados Unidos ainda para o próximo ano letivo.

Uma das motivações ou justificativas são os novos estudos mostrados pela corrente do “cibridismo” que a cada dia ganha um embasamento maior, apresentando novos estudos e resultados de pesquisas. Antropólogos, já iniciam defesas de que devido à facilidade que temos em localizar a informação, muitas vezes nosso cérebro está deixando de guardá-las por entender que temos um novo local de armazenamento, no caso o meio eletrônico. Inicia-se dessa forma a discussão de que o meio eletrônico realmente irá trazer uma transformação não somente em nossa vida social (o que já pode ser percebido claramente por todos), mas possivelmente em nosso corpo.

Com a inovação cada vez maior dos mobiles temos a certeza de acessar informações a qualquer hora e em qualquer local, não sendo necessário muitas vezes memorizar um endereço ou mesmo um simples número de telefone.

É necessário que as Instituições de Ensino percebam e acompanhem essa mudança, até porque a mesma trará para as salas de aula uma nova realidade que afetará alunos, professores e as metodologias até então utilizadas. Devemos entender que o volume de informações geradas e acessadas pelo homem hoje, juntamente com o meio eletrônico trarão mudanças significativas, rápidas e que necessitarão serem trabalhadas e atendidas.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

09/07/2011

A Secretaria Acadêmica Estratégica - a primeira do Brasil está implantada!

A Secretaria Acadêmica Digital tem hoje uma forte tendência em se transformas em Secretaria Acadêmica Estratégica. Mais do que nunca a Secretaria Acadêmica vem se tornando fator de destaque dentro de uma Instituição de Ensino. O bom atendimento e a extração de informações para a boa gestão são hoje o principal foco desse departamento que passou por maus bocados por alguns anos. Estamos de volta e com força total!

Estou voltando de uma implantação de Secretaria Acadêmica Digital. Pode parecer normal, mas nesse caso posso dizer que já temos uma visão muito clara de uma migração da secretaria acadêmica digital para uma secretaria acadêmica estratégica. Fluxos e departamentos estratégicos giram em torno da secretaria, munida de fluxos e programação para extração de dados, intervenções podem ser feitas em tempo real, dando condições de ação e capacidade de reação em uma situação adversa ou planejamento a curto, médio e longo prazo.

Desenhada em um sistema solar, a secretaria se torna o centro das atividades e fornecedora de energia para que o sistema sobreviva de forma saudável. Por isso, aqui fica uma dica: caso não tenha, comece a pensar em transformar sua secretaria acadêmica em uma secretaria acadêmica estratégica, tendo assim uma vantagem competitiva e comparativa. Ser rato de secretaria voltou a estar na moda!

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

14/06/2011

Wiki – Uma nova ferramenta de aprendizagem

Wiki é uma palavra utilizada para expressar uma forma colaborativa para o desenvolvimento de um determinado conteúdo proporcionando uma aprendizagem coletiva. Sem dúvida trata-se de uma forma de construção social de conteúdo fantástica e que precisa ser incentivada e conhecida pelas nossas instituições.

Normalmente, Wiki é uma página de internet que aceita modificações/acréscimos de determinada comunidade. Isso pensando em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) de terminado curso, para criação de um conhecimento específico.

A filosofia utilizada podemos dizer que seja a mesma dos softwares livres, onde todos compartilham e ajudam no desenvolvimento de fragmentos que juntos se transformam em algo de maior valor agregado, desenvolvido por pessoas de diversos lugares, diferentes culturas e especialidades. Essa interdisciplinaridade trás ganhos enormes para qualquer projeto de construção de conhecimento e aprendizagem.

Dentro dos AVA, na maioria dos casos, um professor/tutor se incumbe de lançar assuntos e mediar o desenvolvimento de determinado conteúdo, servindo como um norteador da referida construção. Hoje, essa metodologia é utilizada muito nos cursos ministrados na modalidade à distância.

O uso do Wiki tem também se mostrado como sendo uma ferramenta de inclusão digital e social muito eficaz, fazendo com que alunos acanhados participem mais das discussões iniciadas no mundo virtual ou mesmo dentro das salas de aula. Temos que ter em mente sempre que a nova geração muitas vezes se sente mais a vontade para se expressar no mundo eletrônico que no mundo físico.

A expressão mais famosa que utiliza a palavra wiki é a enciclopédia livre, Wikipédia, que através dessa filosofia tornou-se um local de pesquisa confiável e seguro, desde que bem orientada. A cada dia o princípio de que os próprios usuários controlaram os conteúdos tem funcionado e pesquisas recentes mostram que em percentagem os erros de uma enciclopédia tradicional frente à Wikipédia são os mesmos, tendo a Wikipédia uma vantagem grande por ser mutável o que facilita sua correção e acréscimo de novos conteúdos. Informações equivocadas normalmente são corrigidas pela própria comunidade em prazos mínimos.

A filosofia Wiki foi exposta pelo Prof. Ward Cunningham em meados dos anos 90 e tem demonstrado ser uma forte tendência, principalmente dentro daquelas instituições de ensino que pretendem estender sua presença para fora dos muros de seu campus. Em um mundo onde o trabalho demanda um tempo muito superior a sua jornada tradicional de 8 horas, é preciso cada vez mais que as instituições criem mecanismos para que seus conteúdos sejam além de interessante, acessíveis à sua comunidade. É preciso fazer parte para ser parte.

Espero que tenha sido uma boa leitura e que eu tenha dado minha pequena contribuição ao Mundo da Aprendizagem Colaborativa – Wiki.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

Abaixo um texto publicado pela UNICAMP – Universidade de Campinas.
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Wiki - Desenvolvimento Colaborativo de Conteúdo
Uma utopia que surgiu com a Internet foi usá-la para a construção livre e coletiva do conhecimento. Por outro lado, os apocalípticos se recusam a acreditar que projetos como estes sejam viáveis ou que produzam resultado de qualidade. Argumentam que os vândalos internéticos destruiriam todo trabalho que trouxesse em seu bojo uma dose de liberdade tão grande.
A utopia parece se tornar realidade. Criado em 1995, por Ward Cunningham, a filosofia do Wiki, uma das ferramentas mais populares para a criação coletiva de conteúdo, se espalhou incontrolavelmente pela Internet e gerou projetos de grande destaque e valor.
O projeto mais visível baseado na filosofia Wiki é o wikiPedia (Open Content Encyclopedia) que fica em http://www.wikipedia.org.
O Projeto WikiPedia tem por objetivo criar uma enciclopédia livre, completa e precisa. O trabalho se iniciou em janeiro de 2001 e conta hoje com aproximadamente 150.000 verbetes publicados (a maior parte em inglês). Um número crescente de artigos está sendo traduzido para mais de uma dezena de idiomas. A qualidade dos artigos é surpreendente.
Quando se leva em conta que qualquer pessoa pode se cadastrar no sistema e publicar artigos, é difícil de acreditar que algo de bom possa emergir de um sistema tão caótico. A Internet veio provar que isto não é verdade. O wikipedia não é o primeiro projeto colaborativo estabelecido nestas bases. Na verdade, ele se apóia filosoficamente em outras iniciativas de grande sucesso como o [17] projeto Dmoz, que é uma iniciativa de criação de um catálogo da Internet com semelhança do Yahoo! e do próprio GNU/Linux e do software livre em geral.
Os criadores da Wikipedia tomaram como ideal básico o princípio de que a própria comunidade é capaz de fiscalizar o seu conteúdo, eliminando as imperfeições ao longo do tempo. Segundo as palavras do criador do software PHPWiki, um dos muitos clones existentes do software original, Steve Wainstead:
“In addition to being quick, this site also aspires to Zen ideals generally labeled WabiSabi. Zen finds beauty in the imperfect and ephemeral. When it comes down to it, that's all you need.”
Além de ser rápido, este sítio aspira aos ideais Zen comumente rotulados como WabiSabi. O Zen encontra beleza no imperfeito e efêmero. O que, na verdade, é tudo que precisamos.
A maior parte dos softwares para criação de Wikis são livres e gratuitos e existem diversas opções disponíveis, que seguem os seus princípios básicos. Atualmente (agosto/2003) uma busca no sítio Freshmeat com o termo Wiki, retorna 54 projetos. A maioria destes projetos, a partir dos conceitos básicos de um Wiki, oferece funcionalidades adicionais e recursos que contribuem para o objetivo de criação de conteúdo de forma colaborativa, rápida e simples.
O grupo de suporte técnico a EAD da Unicamp está realizando experimentos com o software PHPWiki. Outra alternativa interessante é o tikiwiki, que na verdade é um CMS (Content Management System, ou Sistema de Gerenciamento de Conteúdo) e não apenas um Wiki. É um dos projetos mais ativos do sítio Sourceforge, o que é um indicador importante de sua estabilidade e funcionalidade.
Fonte: Boletim EAD - Unicamp / Centro de Computação / Equipe EAD
http://www.ead.unicamp.br/php_ead/boletim.php
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08/06/2011

Como transferir o aluno do balcão da sua Secretaria Acadêmica para um terceiro de fé pública?

Alguém sabe como tirar o aluno do balcão da minha secretaria acadêmica e colocá-lo no balcão de um cartório para retirar seus documentos acadêmicos?

A pergunta parece não ter resposta, mas eu sei um modo de responder a questão lançada.

Hoje um certificado digital ICP-Brasil (e-CPF) emitido para o responsável pela Secretaria Acadêmica da Instituição dará ao mesmo o poder de assinar eletronicamente e com validade jurídica todos os documentos acadêmicos da sua IES. Dessa forma a Secretaria Acadêmica passará a entregar aos seus alunos suas solicitações em formato digital (documento eletrônico). Mas o provável é que nossos alunos irão reclamar e pedir o documento em papel, e voltaremos para o velho documento impresso. Porém, caso a taxa de emissão desse documento seja maior que a taxa de autenticação cobrada por um Cartório de Notas, nossos alunos poderão deixar o balcão da nossa Secretaria Acadêmica e passar a freqüentar o balcão do Cartório que fará uma impressão e autenticação do referido documento.

É preciso lembrar que para isso, o documento eletrônico deverá estar assinado por um certificado digital emitido por uma Autoridade Certificadora ICP-Brasil.

Perceba que a trama é simples e que o Cartório de Notas irá adorar, pois estamos lhe dando um novo mercado. É dessa forma que uma Secretaria Acadêmica Digital poderá atuar, de forma limpa, sem papel e possivelmente com poucos alunos em seu balcão.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

03/05/2011

As redes sociais sempre foram segmentadas.

Hoje existe uma grande discussão sobre a segmentação das redes sociais. Orkut é para íntimos, Facebook para conhecer novos amigos, Linkedin está voltada para o mercado, e assim por diante.

A cada dia iremos nos deparar com redes sociais mais segmentadas. Mas se pararmos para analisar, na verdade, as redes sociais sempre foram segmentadas. O que estamos fazendo agora é apenas transportá-las para o meio eletrônico.

Percebam que eu tenho minha rede social com meus alunos em sala de aula, outra em casa com a minha família, outra em meu escritório com meus colegas, tenho uma menor no bar que frequento e assim por diante.

O que estamos vivendo é a “virtualização” dessas redes. Redes sociais sempre existiram desde que o mundo é mundo. Agora, com o mundo virtual teremos também as nossas redes sociais nesse formato.

O barato é ter a condição de se relacionar com todas elas partindo de um só lugar, a sua conexão. Isso só é possível pela evolução que os mobiles trouxeram a todo o mundo. A mobilidade, a condição de estar sempre conectado, talvez alguns com a obrigação de estar sempre conectado. A existência da expressão on off é cada vez mais repudiada em um mundo em que devemos estar sempre on.

Acredito que o início do parágrafo anterior deveria trocar a palavra “lugar” por “condição”. Isso porque hoje você não se conecta somente do seu computador. Isso é passado! Você existe nas nuvens, na grande Noosfera criada entorno de nosso planeta.

Para ter acesso aos seus dado, às suas redes, aos seus correios, não há mais a necessidade de se ter um PC (do inglês personal computer), mas a condição de acessar a internet seja seu ou não o aparelho que lhe permita isso.

Hoje vivemos essa realidade. A busca das gigantes que lidam com soluções para o meio eletrônico possuem um objetivo claro em oferecer um local onde ocorrerá a virtualização do PC, tendo em vista que o mundo será dos mobile.

Inicia-se aqui uma nova discussão: estamos ou não na era pós-PC? Mas isso, deixaremos para uma próxima oportunidade.

O importante lembrar é que hoje temos redes sociais virtuais para tudo e para todos e a tendência é a de que isso aumente a cada minuto. Hoje, temos no mercado redes sociais para pessoas feias (The ugly bug ball), para pessoas solteiras e com o mesmo ideal político (Droite Rencontre), para pessoas que amam a natureza (Ecolorencontre), para mulheres quarentonas (fr.allocougar.com/), e podem acreditar, temos uma rede social para mulheres que buscam conforto e estabilidade econômica em bons relacionamentos (fr.allocougar.com/) e assim o mundo segue.

Espero que tenham gostado da leitura e que a mesma tenha sido proveitosa.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

26/04/2011

Pergunta recorrente!

Ultimamente tenho visto que uma pergunta tem sido recorrente em minhas exposições sobre Secretaria Acadêmica Digital:

- A secretária(o) acadêmica(o) deve usar um certificado digital ICP-Brasil?

A princípio ou de bate pronto a resposta que me vem a cabeça é não. Mas pensando um pouco mais, tendo em vista as especificidades dos documentos tratados dentro de uma Secretaria Acadêmica, ainda, pensando em um respaldo maior para a Instituição, a resposta mudaria para sim.

Além de apresentar um baixo custo, os benefícios de se utilizar um certificado digital ICP-Brasil para envelopar os documentos emitidos e trabalhados dentro de uma Secretaria Acadêmica se mostram enormes.

Dessa forma, o melhor modelo é uma mescla de certificados digitais, sendo parte emitidos por uma autoridade certificadora própria com certificados emitidos pela ICP-Brasil (Infra estrutura de Chaves Públicas Brasileira).

Essa mistura tem viabilizado muitos projetos dentro de Instituições de Ensino Brasileiras. Tudo porque um certificado ICP-Brasil possui um custo de geração infinitamente maior que um certificado digital gerado por uma autoridade certificadora própria, criada dentro da Instituição.

Mas o que temos que ter sempre em mente é a diferença existe entre os certificados (emitidos pela ICP-Brasil e não emitidos pela ICP-Brasil). Essa diferença é rasa e clara no artigo 10º da MP 2.200-2/01.

Enquanto um certificado ICP-Brasil tem aceite garantido por lei, os certificados não ICP-Brasil tem seu aceite como uma faculdade dada as partes envolvidas no processo.

Logo, temos como entender o porque de se utilizar um certificado ICP-Brasil para envelopar os documentos de uma Secretaria Acadêmica. Esse resguardo se faz pelo simples fato de que alguns de nossos documentos tem seu destino extramuros da Instituição, relacionando-se com outras organizações.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

29/03/2011

As IES a Reboque.

Ontem estive em um hospital em Belo Horizonte e pude verificar toda evolução tecnologia implantada na área da saúde.

Logo na entrada percebi que o velho crachá havia se transformado em uma etiqueta com um código de barras. Sistema simples é eficaz na identificação de prioridades e acessibilidade.

Em todo lugar existe uma mensagem de sustentabilidade, que me chamou a atenção e fez com que minha curiosidade me obrigasse a acessar o sítio do hospital.

Logo na primeira ordem pude perceber que a política do digital estava implementada inclusive nos prontuários dos pacientes. Prontuário eletrônico é prontuário disponível a todos, a qualquer tempo e lugar.

Até quando as nossas IES vão andar a reboque no quesito tecnologia?

Nossos “prontuários” diferentemente da área da saúde já tem autorização para serem eletrônicos desde 1990 e até hoje as IES engatinham nesse quesito... é triste, mas é a nossa realidade.

Para aqueles que desejarem conhecer o projeto do hospital acessem http://www.feliciorocho.org.br/hfr08/index.php?option=com_content&task=view&id=619&Itemid=1.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

25/01/2011

O que é preciso para se ter uma Secretaria Acadêmica Digital?

Para realmente se ter uma Secretaria Acadêmica Digital é necessário trabalharmos dois pilares que são: o meio eletrônico e a certificação digital.

Trabalhar um pilar sem ter o outro implicará diretamente em uma solução “manca” incompleta e que em um futuro próximo trará problemas.

O fator novo dessa solução ou menos comum é a certificação digital, já que o meio eletrônico todos conhecem, nem que seja um pouquinho. Bom, é importante lembrar que em uma Instituição de Ensino podemos trabalhar com todos os modelos de certificados digitais disponíveis.

É preciso ter em mente que uma assinatura eletrônica não é necessária mente um certificado digital. O certificado digital é uma espécie do gênero assinatura eletrônica.

Dentro dessa “espécie” podemos ainda listar algumas diversidades, como certificados ICP Brasil e certificados não ICP Brasil, ou mesmo dentro dos ICP Brasil, tipos como certificados A1 e A3.

Importante lembrar é que independentemente do tipo certificado digital escolhido para o meu projeto de Secretaria Acadêmica Digital ele é peça fundamental

A todos uma ótima pesquisa, Tiago Muriel.