28/05/2012

Esta angustia não é somente sua!


Existe uma angustia que precisa ser compartilhada, porque ela não é somente sua. Toda vez que temos uma nova tecnologia pensamos sempre até onde ela irá conseguir ser útil e não será substituída por algo mais atual, dinâmico e barato.

É preciso pensar sempre que os maiores interessados em manter o padrão são os Governos, são os Estados, uma vez que os mesmos utilizam este padrão para seus documentos. Imagine o que causará a Receita Federal uma mudança de sistemas e na não observação da interoperabilidade... é impensável.

1ª - Como poderei confiar que os documentos certificados hoje terão a mesma disponibilidade daqui a 20 anos? 

A primeira coisa que precisamos lembrar é que estamos em um projeto mundial, no qual somos apenas uma parte. Temos que lembrar também que desde sua criação os Certificados Digitais passaram por evoluções, mas nunca se esquecendo do passado, ou seja, a interoperabilidade é uma preocupação constante, até porque muitos documentos governamentais existem e dependem dessa tecnologia. Trabalho com a Certificação Digital desde 2002/2003 e nesses quase 10 anos, não tenho notícia de um documento com problema ou corrompido que esteja utilizando esta tecnologia. As evoluções feitas são sempre no sentido de deixar o documento ainda mais seguro e duradouro. Hoje, muitos tratados internacionais, convenções e acordo entre países utilizam esta tecnologia e isso nos dá uma segurança no processo.

Talvez, daqui 20 anos teremos sim que mudar nossas mídias de armazenamento, mas não os documentos gerados. Estes serão migrados, tendo como garantia a interoperabilidade.

2ª - Com o avanço frenético das tecnologias de informação, será que manteremos a interoperabilidade do PDF-A? 

O PDF/A é o padrão PDF desenvolvido para arquivamento de longo prazo. É próprio para documentos de caráter perpétuo. A Adobe mantém com o Governo Federal Brasileiro um acordo no qual cedeu os códigos de seu sistema caso por qualquer motivo venha a descontinuar o padrão PDF -o que acredito ser inviável, uma vez que o mesmo se tornou um padrão livre e comum a todas as plataformas.

No referido acordo, a Adobe garantiu ao Governo Federal Brasileiro a leitura e manutenção desse padrão pelos próximos 100 anos (isso já faz uns 5 anos).

Devemos lembrar que nosso arquivo constitui patrimônio da União, e dessa forma devemos seguir as regulamentações existentes neste sentido. Por isso, hoje, todos os nossos projetos de digitalização de documentos acadêmicos seguem o padrão PDF/A.

3ª - Será que os novos softwares conseguirão ler e identificar os códigos das certificações no futuro?

Acredito, e espero, que sim! Temos que lembrar sempre que um dos princípios criados é o da Interoperabilidade. Ou seja, os novos sistemas deverão – obrigação - seguir este padrão já existentes. Podemos criar um novo padrão, mas não podemos deixar um padrão existente.

Essa garantia quem nos fornece é o Princípio da Interoperabilidade.

Um abraço a todos, Tiago Muriel.

21/05/2012

É preciso saber usar...


@TiagoMuriel: "@brunakmarques: @marthagabriel @tamairlines responde! Responde! Responde! #respondepresidentedatam" é preciso saber usar as mídias digitais.

A TAG (#respondepresidentedatam) mostrada acima tem sido utilizada no twitter nas últimas horas. Isso iniciou quando uma consumidora tentou utilizar o canal de comunicação disponível nesta mídia @tamairlines que não respondeu as demandas da cliente. Vamos aguardar o desfecho dessa história, mas neste momento o importante é o exemplo e saber trazer para o setor educacional estes canais de comunicação que utilizam mídias digitais para falar ao mercado.

Há alguns meses, fui falar para algumas escolas do SINEP/MG sobre redes sociais e a entrada delas nas mesmas, mas o que era uma simples conversa se transformou em desabafo.

Primeiro, duas escolas relataram os “perigos” de uma rede social, tendo em vista que as duas haviam experimentado e o resultado não foi muito bom. Nos dois casos as escolas foram atacadas pelos pais insatisfeitos de alguns alunos, tornando público o que até então estava sendo levado pontualmente.

Isso ocorreu por diversas razões, talvez a maior delas seja o fato destas escolas não terem realmente um canal para sanar problemas e dar respostas às dúvidas que se tornam angustias e frustrações dos pais.

Na prática o que ocorreu foi que os pais viram nestas redes uma forma de externar algum problema e compartilha-los com toda a comunidade na busca de soluções. A finalidade da rede criada que era interagir e trazer os pais para experiências extra classe foi totalmente desvirtuada.

É importante entender as mídias digitais e suas finalidades antes de qualquer projeto. É importante também estar preparado para imprevistos e estar preparado para fazer dos mesmos uma oportunidade. Externar as qualidades, sem esconder os defeitos, dando explicações sobre os mesmos nunca é visto de forma ruim. Mas deixar de responder, se omitir ou mesmo tirar o serviço do ar é sempre a pior das decisões.

Isso dá força às reclamações e o que poderia ser facilmente solucionado, ou melhor, o que poderia ter um impacto pequeno se torna uma grande pancada na imagem institucional da empresa. Os defeitos serão externados de forma incisiva o que provavelmente trará grandes perdas.

Por isso, lembre-se que para ter um canal de comunicação direto em uma mídia digital, é preciso que seu projeto esteja preparado para imprevistos e ter jogo de cintura fará sempre parte do jogo. Outra certeza é que a verdade virá a tona, sendo que maquiagens ou tampões serão possivelmente facilmente descobertos.


Aquela IES que levar para o meio eletrônico sua realidade, não correrá risco de ter refletida algo diferente, claro que o destaque serão seus pontos positivos, mas será necessário sempre dar respostas e explicações, sendo que o importante é que as mesmas sejam verdadeiras, objetivas e rápidas. Não se pode deixar o aluno falando sozinho, mesmo que esta fala venha através de uma mídia digital.

11/05/2012

Arquivos de Instituições de Ensino Superior. Físicos ou digitais?

SIC 11/2012*


Belo Horizonte, 10 de maio de 2012.

Arquivos de Instituições de Ensino Superior. Físicos ou digitais?

“Os 30 minutos de incêndio... foram o bastante para destruir um acervo de 30 anos de pesquisa. Era tudo em papel, arquivos de trabalhos e pesquisas...”

Redes Sociais e Docentes de Instituições de Ensino Superior. Controle ou não?

“...educadores não devem esperar qualquer tipo de privacidade em suas contas profissionais...”

Duas notícias divulgadas no Clipping Educacional (www.editau.com.br/produtos_clipping.php) indicam claramente a necessidade de Instituições de Ensino Superior incluírem em seu planejamento a discussão sobre o uso de tecnologia.

Os riscos em se manter arquivos físicos, em papel, são muito grandes: incêndios, inundações, vandalismo, roubos. E não há razão para que as IES não iniciem imediatamente processo de transformação desses arquivos físicos em arquivos digitais. Projetos bem elaborados, discutidos com as instituições, adequados à realidade de cada uma, permitem rápida digitalização e certificação. Boas experiências podem ser vistas, como a da Universidade de Caxias do Sul – veja informações em http://www.redemebox.com.br/index.php?option=com_community&view=groups&task=viewdiscussion&groupid=5&topicid=1&Itemid=38.

Há muito vimos insistindo na transformação das secretarias acadêmicas em secretarias acadêmicas digitais. Mais: vimos insistindo em que gestores e mantenedores reconheçam a condição importante, estratégica das secretarias acadêmicas das IES. É impressionante ver os ganhos das instituições que deixaram de produzir papéis e implantaram como norma a edição de documentos eletrônicos, certificados digitalmente, com plena validade jurídica, em estrita obediência à Medida Provisória 2.200-2/2001, conforme permitido pela Portaria MEC/SENESu 225/1990! Ganhos reais, de tempo, espaço físico, melhoria na organização e na guarda de informações acadêmicas.

Professora à moda antiga, estranhei muito a decisão do Departamento de Educação da cidade de Nova York de monitorar professores, em seu relacionamento com alunos em rede social. Será mesmo necessário? Tiago Muriel imediatamente identificou “- O problema é que o pessoal sempre pensa a tecnologia pelo lado ruim e nunca pelo lado bom.”

Será interessante ouvi-lo dia 18, em São Paulo, no 23º Curso sobre Implantação de Secretarias Acadêmicas Digitais.

SP: INCÊNDIO NA UNESP DESTRÓI DOCUMENTOS E 30 ANOS DE PESQUISA
Géro Bonini - Terra Educação - 01/05/2012 - São Paulo, SP

Os 30 minutos de incêndio que consumiram duas salas e um laboratório foram o bastante para destruir um acervo de 30 anos de pesquisa da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu, na última segunda-feira. De acordo com os funcionários e professores da instituição, é impossível calcular o prejuízo intelectual do incêndio no prédio da Inspeção de Alimentos de Produtos de Origem Animal.

`Não tem como recuperar esse material. Era tudo em papel, arquivos de trabalhos e pesquisas`, lamentou o funcionário André Ruiz de Matos. Uma das salas atingidas foi a do vice-diretor da faculdade, José Paes de Almeida Nogueira Pinto, que contava com materiais alcançados através de mais de 30 anos de pesquisas. Foram queimados e destruídos livros, teses de mestrado e doutorado e computadores com documentos.

Segundo o diretor da faculdade, Luiz Carlos Vulcano, o desfecho poderia ter sido ainda pior. `Por sorte as chamas e o fogo foram controlados a tempo e não chegaram até uma sala ao lado, onde ficam mais de 200 produtos, a maioria deles altamente explosiva`, informou. Uma perícia será realizada para investigar as causas do incêndio. A suspeita é que tenha ocorrido um curto-circuito em uma das salas.

NY ESTABELECE NORMAS PARA PROFESSORES NAS REDES SOCIAIS
Da Redação - Revista Veja - 04/05/2012 - São Paulo, SP

O Departamento de Educação da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, publicou nesta semana um guia de orientação a professores nas redes sociais, chamado Social Media Guidelines. Pelo documento, os docentes não podem se comunicar com os alunos em blogs e sites como Facebook, Twitter, YouTube, Google+ e Flickr.

Caso queiram utilizar sites de relacionamento para fins pedagógicos, devem criar um perfil profissional. A conta deve ser desvinculada do perfil pessoal, inclusive com uso de e-mail alternativo. Qualquer pedido de amizade por parte de alunos na conta pessoal deve ser rejeitado.

Para interagir on-line com estudantes é preciso ainda obter autorização da escola - que deve manter uma lista com as contas de todos os profissionais. O Social Media Guidelines estabelece que as escolas orientem os pais sobre quais atividades os estudantes serão convidados a participar e por que, além de instruí-los a procurar a instituição de ensino caso tenham dúvidas ou reclamações.

O Departamento de Educação diz que o objetivo do guia é assegurar que as redes sociais sejam utilizadas por professores de forma “segura e responsável”. “As redes devem ser como uma sala de aula. Os mesmos padrões esperados no ambiente profissional devem ser também adotados nos sites”, diz o guia.

Outro ponto ressaltado é que os educadores não devem esperar qualquer tipo de privacidade em suas contas profissionais. Isso porque o Departamento de Educação irá monitorá-las para “para proteger a comunidade escolar”.

Se você tem alguma dúvida, entre em contato.

Saudações,

Profª. Abigail França Ribeiro
Diretora Geral CONSAE
abigail@consae.com.br